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sábado, dezembro 20, 2014

Procurando pela Procuração

Precisava enviar uma procuração para o Brasil e pra isso tinha que ter Money Order (ordem de pagamento), pois o Consulado só aceita isto como pagamento por seus serviços.
Minha amiga saiu de sua rota para o trabalho para me deixar em um post office (correios) próximo ao Consulado, pra comprar o tal papel. Num frio da gota, caminhei até a agência e descobri que ali não vendia Money Order, mas em outra agência bem longe. Depois de alguns minutos sentindo uma gelada frustração , decidi ir para o Consulado na esperança de conseguir outra alternativa. Era mais ou menos 7h50 quando cheguei na porta onde tinha uma pequena fila de brasileiros e uma placa dizendo que o atendimento iniciava as 9h. Um rapaz que estava na fila puxou conversa perguntando se eu tinha perdido meu passaporte e se eu sabia o que precisava pra conseguir outro. Sem nem esperar eu responder, começou a contar sua história e sobre o desespero que estava sentindo por ter perdido o dele e ter passagem comprada para o dia seguinte. 
Chegou um casal  e a mulher me perguntou se eu sabia onde comprar Money Order (a essa altura eu já estava pensando em montar ali um posto de informações - $2,00 cada).
As 9h as portas foram abertas por um segurança falando um portunhol bem ensaiado. Perguntei a ele onde conseguiria MO e ele disse que havia um brasileiro que vendia o papel cobrando uma pequena taxa (brasileiro faz negócio com tudo!) e apontou o lugar onde eu o encontraria na rua.
Fui lá pra fora esperar o brasileiro e comigo o casal e mais duas senhoras. Depois de conversarmos por uns 2 minutos, já éramos amigos de infância (rsss). Então o Paulo, marido da Ana Maria, meio impaciente porque o brasileiro não chegava pra vender o papelzinho que todo mundo precisava, disse: "Vou resolver isso pra gente! Vou pegar o carro e procurar um post office e comprar MO pra todo mundo."
Se tem uma coisa que eu acho bonita de um homem dizer é : "Vou resolver isso!" Gente, se eu tivesse um marido que dissesse pra mim todo dia: "pode deixar que eu resolvo isso!" Ele nem precisaria dizer que me amava. É lindo demais, minha gente! Fico até arrepiada…
Enfim, segundos depois desse momento emoção-emprestada-do-marido-alheio, o brasileiro chegou e vendeu MO pra todo mundo cobrando uma taxa simbólica de $5,00 (nos correios seria $1,00).
Procuração na mão, hora de pegar o metrô pra encontrar com a amiga.
E esse aqui é o danado do Money Order.

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